quinta-feira, outubro 27, 2005

Fotos Avulsas:

Grandes Capas: Go 2 - XTC (a outra face)

This is the back of a RECORD COVER. Catalogue No. V2108.
This writing is the DESIGN on the back of the cover. This
design is not like that on the FRONT. Its aim is to impart
information about the RECORD and the GATEFOLD INSERT within
rather than trying to sell it by being impactful or clever
or any of those things. We have kept it in the same style
so that the entire package has a sense of IDENTITY which-
ever way you see it. The record is by XTC. This is their
second album. We won't attempt to describe their music
because all you have to do is play it and you can describe
it for yourself. XTC is made up of Andy Partridge, Barry
Andrews, Colin Moulding and Terry Chambers. We have shown
photos of them below because this is regarded as commer-
cially sensible and helpful in creating their image. And
if you're curious at all you might find it interesting to
see what the musicians actually look like. And there are
more pictures and words on the very colourful insert
which you can only see if you buy the whole thing.

Many people think it helpful and useful to know some details
about the songs on the record in side, so here they are:-
1. Meccanik Dancing (Oh We Go!) 2. Battery Brides (Andy
Paints Brian) 3. Buzzcity Talki ng 4. Crowded Room 5. The
Rhythm 6. Red 7. Beatown 8. Li fe is Good in the Greenhouse
9. Jumping in Gomorrah 10. My Weapon 11. Super-Tuff
12. I am the Audience. You m ay also be interested to know that
the record was produced and Engineered by John Leckie with
assistant engineers Haydn Be ndall and Pete James at Abbey Road,
also, Andy Llewelyn and Jess Sutcliffe at Matrix and that Barry's
Roots photos were by Dave Eagle. We have to repeat the catalogue
number on the insert for bureaucratic reasons and here it is V2108.

Lastly we would like to make it clear that this is a
product of Virgin Records Limited, partly because they
wanted us to and partly because it is a legal necessity.
Virgin Records' head office is located at Vernon Yard,
Portobello Road, London W.11. and is (P) Virgin Records
1978 and (c) 1978 Virgin Music (Publishers) Ltd. This
sleeve was written and photographed by Hipgnosis and
printed in England by James Upton Ltd.

Grandes Capas: Go 2 - XTC

Basicamente é:


This is a RECORD COVER. This writing is the DESIGN upon the
record cover. The DESIGN is to help SELL the record. We hope
to draw your attention to it and encourage you to pick it up.
When you have done that maybe you'll be persuaded to listen to
the music - in this case XTC's Go 2 album. Then we want you
to BUY it. The idea being that the more of you that buy this
record the more money Virgin Records, the manager Ian Reid and
XTC themselves will make. To the aforementioned this is known
as PLEASURE. A good cover DESIGN is one that attracts more
buyers and gives more pleasure. This writing is trying to pull
you in much like an eye-catching picture. It is designed to get
you to READ IT. This is called luring the VICTIM, and you are
the VICTIM. But if you have a free mind you should STOP READING
NOW! because all we are attempting to do is to get you to read
on. Yet this is a DOUBLE BIND because if you indeed stop you'll
be doing what we tell you, and if you read on you'll be doing what
we've wanted all along. And the more you read on the more you're
falling for this simple device of telling you exactly how a good
commercial design works. They're TRICKS and this is the worst
TRICK of all since it's describing the TRICK whilst trying to
TRICK you, and if you've read this far then you're TRICKED but
you wouldn't have known this unless you'd read this far. At
least we're telling you directly instead of seducing you with
a beautiful or haunting visual that may never tell you. We're
letting you know that you ought to buy this record because in
essence it's a PRODUCT and PRODUCTS are to be consumed and you
are a consumer and this is a good PRODUCT. We could have
written the band's name in special lettering so that it stood
out and you'd see it before you'd read any of this writing and
possibly have bought it anyway. What we are really suggesting
is that you are FOOLISH to buy or not buy an album merely as a
consequence of the design on its cover. This is a con because
if you agree then you'll probably like this writing - which is
the cover design - and hence the album inside. But we've just
warned you against that. The con is a con. A good cover design
could be considered as one that gets you to buy the record, but
that never actually happens to YOU because YOU know it's just a
design for the cover. And this is the RECORD COVER.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Animal Collective (AC) por pontos.


Primeiro ponto: boa iniciativa da ZDB: organizar um concerto dos AC a bordo de um ferry para comemorar o seu 11º aniversário. Muitos parabéns!

Segundo ponto: foi giro encontrar tanta gente à espera do barco que nos levaria para navegarmos nos oceanos sonoros dos AC.

Terceiro ponto: já não foi tão giro saber que afinal o concerto já não se realizaria no ferry, mas sim algures em Cacilhas. Ficámos na expectativa.

Quarto ponto: Cacilhas, 10:00, noite de quinta-feira, porventura noite animada ou então não, a julgar pela expressão dos pescadores que por aquelas bandas se distraem noite fora. A nossa distracção era outra, bem diferente.

Quinto ponto: o espaço: um barracão antigo, minimamente decorado, mas bastante agradável. (ps: o nosso pavilhão da Epac também foi utilizado para actividades artísticas um par de vezes, foi pena que nunca tenham pensado em continuar com o espaço para essa finalidade ao invés de o deitarem a baixo para estar a servir de parque de estacionamento.)

Sexto ponto: Alan Courtis: desvareios sónicos com uma guitarra modelo porta-chaves e muita maquinaria. Pose guitar hero num manifesto anti guitar hero. Ruído q.b.

Sétimo ponto: AC: não posso dizer que era um fã incondicional à partida para o concerto, tenho alguns cds dos AC, gosto de algumas músicas, mas nunca me tinham “atingido” da forma como me atingiram ao vivo. Tinha comprado o bilhete porque a curiosidade de os ver ao vivo falara mais alto. E ainda bem, foi a prova que hoje em dia ainda nos podemos surpreender e, como disse, e bem, Vítor Junqueira no seu blog, é importante perceber que não vale a pena estar sempre a dizer que antigamente é que era, pois o que se passou na quinta foi uma prova de que, de facto, o momento é agora e por todo o lado brotam movimentos que são dignos de encontrar o seu lugar de destaque. E os AC algum dia encontrarão esse lugar. Nem que seja numa edição da Uncut daqui a 30 anos.

Para quem não faz a mínima ideia de quem sejam os AC temo que não encontre arte para conseguir por em palavras o que se sente quando se vê ao vivo aquele colectivo. Panda Bear, Avey Tare, Deaken e Geologist parecem que, ao primeiro toque de qualquer que seja o instrumento, se fundem num único ser, dotado de um cérebro comum capaz de produzir um som único que nos envolve e que nos faz embalar numa dança que poderia levar ao descontrolo se não fosse a vergonha de nos libertarmos. (pelo menos por mim falo)
Algo que passa pela esfera de sons oceânicos mas que atinge o seu expoente máximo nas composições hipnóticas que aliam as electrónicas, as guitarras e vozes em reverb exagerado ao ritmo endiabrado de um kit de bateria atípico mas capaz de emular o som de mil tambores de tribos africanas.
A impressão com que fiquei foi a de que, caso Jim Morrinson fosse vivo esta era a cobra que ele gostaria de montar e deixar-se levar.

Oitavo ponto: chegada a Lisboa, sorriso nos lábios, algo se passou. Algo de muito bom. Um pouco atarantado fui dormir, afinal, no dia seguinte era dia de trabalho, dia de vestir a mascara, put a happy face e esquecer, por umas 8 horas, que algo mais acontece, algo que nos encanta, algo por qual nos deixamos guiar.

quinta-feira, outubro 20, 2005

É hoje!!!

O que é isto?


Ajuda se eu disser que isto é materal didactico? Duas questões/curiosidades: o que dizem acerca do desenho e qual é a disciplina onde isto serve de material didactico. Ajudem o autor na interpretação da sua obra. Ah, o artista é da malta.

Post Resumo

Pois é, meus amigos, isto de se ter uma profissão deixa-nos pouco tempo para estas coisas. Eu bem que me vou lembrando de coisas giras para escrever, mas falta-me o tempo para as concretizar, vou tentar arranjar um esquema qualquer para colmatar esta falha.
Entretanto estas últimas semanas têm sido fartas em eventos culturais de destaque. Aqui vai um apanhado dos últimos acontecimentos:
Começando pelo mais distante, 5 ª feira passada tive a felicidade de assistir ao concerto dos Clã no Santiago Alquimista. E que concerto foi! Mais uma vez foram, pura e simplesmente, enormes! São a melhor banda pop em Portugal e ponto final! Eu sou fã incondicional dos Clã ao vivo, foi um dos melhores concertos que ví este ano. Mais uma vez as versões rockeiras/sujas de Pois É e America America arrasam com tudo, se na primeira notamos QOTSA na segunda o os blues/rock do delta são a inspiração mais notória, num registo próximo do binómio White Stripes/ Legendary Tiger Man. Um concerto para amigos, um obrigado da banda, e um de nada, nós é que agradecemos do público. 5 estrelas!
Sexta feira: Galeria Zé dos Bois: 23:e picos: Toni Furtuna:Miguel:Tó-Rui: d3ö! Rock'n'Roll do bom! Concerto menos bom do que os últimos dois que vi da banda, mas mesmo assim um bom concerto. Toni Fortuna partilhava da opinião e, conversa puxa conversa, tivemos uns bons minutos na galhofa. Nessa conversa destacam-se as grandes afirmações do Miguel C. : "não desistas, qualquer dia voces têm sucesso", a maradice de um gajo de Santarém e a sempre presente história do concerto dos Tédio Boys com os defuntos Nictúria. Sexta feira, 28, não os perdam ao vivo nas Caldas da Rainha, nós infelizmente não vamos poder lá ir, mas que vai ser bom, ai isso vai.
Amanhã vou ver os Animal Collective a bordo de um Cacilheiro deslizando pelas águas do Tejo. Vamos ver como será... a fasquia está elevada.
Destaques:
The Magic Numbers: grande álbum. Pop com alma. Grandes canções, belos arranjos e um grande guitarrista.
BRMC: Howl . Grande surpresa, depois dos dois primeiros albuns com o carimbo Jesus & the Mary Chain pelo fuzz, blusões de cabedal e fumo, eis que a américa se revela... Muito Johnny Cash, muitas redemption songs, muitos beatnicks, muito pela estrada fora...muito, mas mesmo muito bom!
Stars: Set yourself on Fire . Pop canadense! (ou whatever) Bom album. Ligeirinho mas gostoso! Quem gosta de Belle & Sebastian e Feist não vai desgostar destes canadianos.
Iron & Wine/Calexico:In the Reins EP. É preciso dizer alguma coisa? 5 estrelas! Um dos melhores discos q ouvi este ano. A voz suave de Sam Beam e a qualidade instrumental dos Calexico. Ah, e ainda há esta Natalie Wyants que quando canta...os nossos males espanta. (e, eu nem acredito que escreví isto) oiçam em 16, maybe less.
d3ö: 7heartbeattracks EP. O melhor EP deste trio de Coimbra. Rock'n'Roll straithforward mas especialmente eficaz.
Clã: Ao Vivo. Depois daquele grande concerto, o mínimo q podia fazer era comprar um cd dos Clão. (sim, pq não tinha nenhum, nem costumo ouvilos em cd) Bom disco, embora falte lá algumas músicas e uma coisa importante, dizer onde foi gravada cada música. è que eu estive em muitos dos grandes concertos deles, incluíndo o mítico Vilar de Mouros 2001.
Devendra Banhart: Cripple Crow. O q disse mantêm-se, grande album. Grande Concerto em antevisão. Aqui fica uma das músiquinhas mais "giras" do cd.

Cripple Crow


When they come from the over the mountain
Yeah we’ll run we’ll run right around them
We’ve got no guns no we don’t have any weapons
Just our cornmeal and our children

The dust drowns
The dark clouds
But not us
But not us

While we pay for mistakes with no meaning
All your gifts and all your peace is deceiving
And still our pain dissolves with believing

That peace comes, their peace comes
That peace comes, their peace comes

Now that our bones lay buried below us
Just like stones pressed into the earth
Well we ain’t known by no one before us
And we begin with this one little birth

That grows on, that grows on
That grows on, that moves on

Cripple crow say something for our grieving
Where do we go once we start leaving
Well close that womb
Or else keep on bleeding
And change your tune
It’s got no meaning

segunda-feira, outubro 10, 2005

Know

Know that I love you
Know I don't care
Know that I see you
Know I'm not there.

Nick Drake

Pois é, fez no dia 8 deste mês 1 ano de bloguices. Há um ano atrás tudo era novo para mim e o blog era apenas uma forma de comunicar as minhas (des) aventuras que ia tendo pela República Checa com as pessoas que me eram mais próximas. Muito se passou neste ano, muitas coisas boas, outras menos boas; mas o momento mais marcante foi sensivelmente por esta altura há um ano atrás. De repente vi-me atingido pela única notícia que não queria ouvir vinda de Portugal e, por alguns momentos não sabia bem o que fazer ou sentir. Um pouco desorientado, a minha reacção foi de, pura e simplesmente, ir vaguear… e aí fez bem estar numa terra completamente desconhecida – não conhecia praticamente ninguém e tão pouco percebia o que as pessoas diziam… era como se estivesse num mundo à parte. Um mundo bom para deixar a tristeza fluir para fora de mim. Entretanto, enquanto caminhava, perguntava-me se não seria melhor arranjar maneira de regressar a casa e ir abraçar a família… acabei por ficar, mas sempre com essa dúvida. Esse dia não foi fácil, o primeiro telefonema do meu pai, depois o telefonema do meu avô, por fim o alívio de saber que o meu irmão e a minha mãe estavam a reagir bem e a força dos amigos de sempre. Na República Checa não estava totalmente só e houve duas pessoas que me ampararam nesse dia e que, de uma forma impensada, ajudaram-me a passar aquela adversidade.
Tudo tem um tempo, tudo tem um destino. A cada um, a seu tempo, o seu destino será revelado. Por agora, enquanto vou andando no carrossel da vida, apenas posso agradecer a todos aqueles que me têm ajudado, os que sempre cá estiveram – quer estejam perto ou não, os que o fizeram conscientemente e os que não, os que me querem bem e os que não – se não fossem por vocês todos eu não estava aqui.
E desculpem-me a seca e a triste história, mas apetecia-me lembrar da minha avó e dedicar-lhe algo, por isso dedico-lhe a tentativa de ser uma boa pessoa. Não vai ser fácil…

Entretanto para todos os meus amigos apenas posso continuar a fazer o que tenho feito, que é tentar ser feliz e ajudá-los a ser feliz.

Com este blog apenas quero continuar a escrever sobre uma das coisas que mais me emociona e fascina… a música.

E nem precisa de ser música muito complexa, três acordes chegam para salvar a minha alma, assim como uma guitarra e uma voz maravilhosa chegam para me fazer sonhar e o espírito rock ‘n’ roll para sobreviver… ( embora, na realidade, eu pareça mais um totó! :) Como disse o amigo Lança:” existe uma linha ténue entre ser sincero e ser totó e, acontece que, tu atravessas muitas vezes essa linha.” :) …adiante… )

Aqui fica p’rá posterioridade, esta tasca fez um ano. Obrigado!!

quinta-feira, outubro 06, 2005

Por esta altura...

...o homem que aqui escreve estas palavras está encurralado num turbilhão de emoções, mas a que me assola mais é o arrependimento, não pelas coisas que fiz ou disse mas sim pelas coisas que não fiz ou não disse...
Ps: Foi hoje...e eu só ouvi duas músicas do novo cd no Coyote para ter a certeza que estava muito arrependido de não ter ido ao CCB ver o John Cale. Fica para a próxima. :(