late night blues
late night blues especial em jeitos de crónica/crítica/rescaldo do concerto da consagração dos wraygunn este último sábado em lisboa, mas concretamente na aula magna.
Sob uma chuva diluviana, já atrasado, saio da minha casa (em rio maior) perto das 20 e 45, destino: casa do piedade, depois da vanessa, depois ic2, a1, Lisboa, Aula Magna, concerto dos Wraygunn, o tal de consagração. Chego à porta do Piedade, está a acabar de comer, diz-me a sua mãe, ok, eu espero aqui. A chuva continua a cair, ligo ao meu pai, vou levar-lhe o carro, ligo ao bonga: ...é pá, tá a chover bués, não sei se vou... já aí estás? - tou a caminho, está a chover muito mas dá para vir a 120 km/hora. Ok, já aí apareço. 21:00 arrancamos, falsa partida, falta o telemóvel do JP, é agora.
Mais uma pequena paragem e estamos a caminho. Continua a chover mas o caminho faz-se.
Chegamos à hora marcada, encontrar o meireles e entrar. Uma aula magna quase cheia espera por nós. lugares sentados e rock'n'roll nunca casaram bem. furtado em palco, começa a just a gambling man, início usual na ultima digressão deles, já nem me recordo bem de quantos concertos deles vi, mas foram muitos, mas não demais. Segue-se a soul city, já com o faith gospel choir para exponenciar a alma das músicas (este era um dos motivos que me fizeram deslocar à aula magna, uma vez que não tinha visto ainda um concerto desta tour com o coro gospel, embora já os tivesse visto a actuar com eles no Paredes de Coura à uns anos atrás, quando o furtado acabou o concerto na lama em frente ao palco). Estava difícil ficar sentado no banco, até que chega a magnífica ain't gonna break my soul e, mais não fosse pelo bonga, era impossível continuar sentado!
Depois desfilaram o habitual rol de grandes músicas que constitui o seu cartel discográfico: keep on praying, how long, how long? drunk or stoned, snapshot, juice, everything's gonna be ok.
a presença do pedro vidal na segunda guitarra e no lap steel deu um reforço num dos pontos que geralmente é mais problemático ao vivo que é o facto de que por vezes a guitarra é pouco audível, mas neste concerto esteve tudo muito equilibrado. destaque para a entrada a meio do set do sean riley para cantar a lights out a duas vozes com o furtado e a God's gonna cut you down, do grande Johnny Cash.
Mais umas canções e chegávamos ao apoteótico final, para não variar, all night long! Bom, desta vez foi maracas, foi cadeiras em cima do palco, foi a aula magna como nunca tinha visto, foi furtado a subir a aula magna até acima para dizer que nestes 10 anos de wraygunn ainda tinha chegado longe - bem verdade! Enfim, foi a loucura habitual (dito assim até parece sem graça, mas a verdade é que já vimos o homem a subir tendas, chafurdar na lama, oferecer bananas às miúdas, a oferecer porrada aos espectadores, enfim, um pouco de tudo) que culminou num merecido encore.
para o encore estava reservado um dos momentos altos da noite, a Selma e o coro de gospel a cantar a no more, my Lord, foi um momento poderoso e de um modo também uma consagração para a selma, que está cada vez mais um "animal" de palco ao nível do furtado e c.ª todos eles já habituados a estas lides à muito mais tempo que ela, de facto, a sua presença na banda é cada vez mais forte, basta recordar os primeiros concertos dos wraygunn com ela.
para terminar a you really got me, dos kinks e a love letters from a muthafucker, furtado a voar da mesa francisco correia e a destruir a sua gibson sg (a que o transformava em hard rocker dos 70) contra o chão do palco para depois a ir entregar à Yola, que ainda levou a hardcase para casa! :)
resumindo, foi um grande concerto, a consagração de uma das melhores bandas nacionais, merecia mais destaque na comunicação social (by the way, a reportagem do blitz é vergonhosa), mas é o país que temos, ficamos pois a aguardar pelo próximo disco e por próximos concertos, entretanto temos o tigerman pronto para lançar um novo álbum e para percorrer essas estradas a tocá-lo.
para quem não pode ir, aqui está o concerto:
Sob uma chuva diluviana, já atrasado, saio da minha casa (em rio maior) perto das 20 e 45, destino: casa do piedade, depois da vanessa, depois ic2, a1, Lisboa, Aula Magna, concerto dos Wraygunn, o tal de consagração. Chego à porta do Piedade, está a acabar de comer, diz-me a sua mãe, ok, eu espero aqui. A chuva continua a cair, ligo ao meu pai, vou levar-lhe o carro, ligo ao bonga: ...é pá, tá a chover bués, não sei se vou... já aí estás? - tou a caminho, está a chover muito mas dá para vir a 120 km/hora. Ok, já aí apareço. 21:00 arrancamos, falsa partida, falta o telemóvel do JP, é agora.
Mais uma pequena paragem e estamos a caminho. Continua a chover mas o caminho faz-se.
Chegamos à hora marcada, encontrar o meireles e entrar. Uma aula magna quase cheia espera por nós. lugares sentados e rock'n'roll nunca casaram bem. furtado em palco, começa a just a gambling man, início usual na ultima digressão deles, já nem me recordo bem de quantos concertos deles vi, mas foram muitos, mas não demais. Segue-se a soul city, já com o faith gospel choir para exponenciar a alma das músicas (este era um dos motivos que me fizeram deslocar à aula magna, uma vez que não tinha visto ainda um concerto desta tour com o coro gospel, embora já os tivesse visto a actuar com eles no Paredes de Coura à uns anos atrás, quando o furtado acabou o concerto na lama em frente ao palco). Estava difícil ficar sentado no banco, até que chega a magnífica ain't gonna break my soul e, mais não fosse pelo bonga, era impossível continuar sentado!
Depois desfilaram o habitual rol de grandes músicas que constitui o seu cartel discográfico: keep on praying, how long, how long? drunk or stoned, snapshot, juice, everything's gonna be ok.
a presença do pedro vidal na segunda guitarra e no lap steel deu um reforço num dos pontos que geralmente é mais problemático ao vivo que é o facto de que por vezes a guitarra é pouco audível, mas neste concerto esteve tudo muito equilibrado. destaque para a entrada a meio do set do sean riley para cantar a lights out a duas vozes com o furtado e a God's gonna cut you down, do grande Johnny Cash.
Mais umas canções e chegávamos ao apoteótico final, para não variar, all night long! Bom, desta vez foi maracas, foi cadeiras em cima do palco, foi a aula magna como nunca tinha visto, foi furtado a subir a aula magna até acima para dizer que nestes 10 anos de wraygunn ainda tinha chegado longe - bem verdade! Enfim, foi a loucura habitual (dito assim até parece sem graça, mas a verdade é que já vimos o homem a subir tendas, chafurdar na lama, oferecer bananas às miúdas, a oferecer porrada aos espectadores, enfim, um pouco de tudo) que culminou num merecido encore.
para o encore estava reservado um dos momentos altos da noite, a Selma e o coro de gospel a cantar a no more, my Lord, foi um momento poderoso e de um modo também uma consagração para a selma, que está cada vez mais um "animal" de palco ao nível do furtado e c.ª todos eles já habituados a estas lides à muito mais tempo que ela, de facto, a sua presença na banda é cada vez mais forte, basta recordar os primeiros concertos dos wraygunn com ela.
para terminar a you really got me, dos kinks e a love letters from a muthafucker, furtado a voar da mesa francisco correia e a destruir a sua gibson sg (a que o transformava em hard rocker dos 70) contra o chão do palco para depois a ir entregar à Yola, que ainda levou a hardcase para casa! :)
resumindo, foi um grande concerto, a consagração de uma das melhores bandas nacionais, merecia mais destaque na comunicação social (by the way, a reportagem do blitz é vergonhosa), mas é o país que temos, ficamos pois a aguardar pelo próximo disco e por próximos concertos, entretanto temos o tigerman pronto para lançar um novo álbum e para percorrer essas estradas a tocá-lo.
para quem não pode ir, aqui está o concerto:
Etiquetas: late night blues, wraygunn
posted by Paulo para todas as obras at 12:33 da manhã
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